A Síndrome de Burnout (do inglês “burn” = queima, “out” = exterior) é o nome dado à exaustão completa que vem afetando muitos profissionais que trabalham diretamente com pessoas como médico, professores, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, policiais, alunos, até mesmo artistas, atletas e profissionais liberais que lidam com clientes, consumidores e usuários.
Quem sofre de Burnout geralmente fica sob um nível de estresse gritante, cansaço e mal-estar generalizado, apresentando sinais de esgotamento emocional, psíquico e físico que estão intimamente relacionados ao desempenho e à atividade profissional. Além disso, o indivíduo desenvolve atitudes negativas, sentimento de fracasso, de impotência diante dos problemas e baixa auto-estima. Também é comum a pessoa que sofre desse mal apresentar-se irritadiço com todos à sua volta, por se sentir frustrado.
A nova situação do mercado de trabalho, onde muitos profissionais acumulam funções e sentem-se pressionados a dar conta de muitas tarefas, é um dos fatores que desencadeiam a Síndrome de Burnout. Outro fator que merece ser destacado é a excessiva jornada de trabalho, enfrentada principalmente pelas mulheres.
Algo que tem se tornado muito comum é a grande cobrança sobre o desempenho das pessoas, isso tanto nas relações de trabalho como nas relações familiares. Existem profissionais que chegam ao completo esgotamento por não conseguirem dar conta de um trabalho burocrático, acabando por sucumbir à angústia e frustração; outros lidam com o assédio moral no trabalho e não conseguem se impor à situação. Outra grande exigência de mercado é a constante atualização: só uma graduação não é suficiente. É preciso ter pós-graduação e mestrado e/ou doutorado para conseguir uma posição melhor nesse mercado competitivo. Isso faz com que o profissional precise dedicar mais tempo ao trabalho, restando pouco tempo para a família, saúde e lazer.
Em casos extremos de Síndrome de “Burnout”, é aconselhável sessões de Psicoterapia e até mesmo o uso de antidepressivos, receitados por um médico especializado. Para quem se identificou com alguns sintomas, a dica do colaborador da Revista Psique, o psicólogo Luiz Gonzaga Leite, é: identificar de onde vem o problema e procurar meios que possam diminuí-los; preencher o tempo livre com atividades prazerosas; tirar um dia para não fazer nada, inclusive não atender ao telefone; dedicar um tempo para realizar um trabalho voluntário: ajudando alguém você se sente útil e não se concentra nos seus problemas e investigar se as causas do esgotamento estão ligadas ao trabalho. Se constatar que sim, é hora de repensar suas habilidades e potencialidades, procurar ajuda profissional, e procurar solucionar os problemas.
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