Hoje existe certa desorientação dos pais em relação à autoridade que exercem sobre os seus filhos. De três gerações para cá, verifica-se uma mudança radical e significativa na posição dos pais quanto à colocação dos limites e das regras disciplinares em seus filhos. Se por um lado até às décadas de 40 e 50, a maneira de educar os filhos seguia uma direção vertical, na qual os pais exerciam a sua autoridade de cima para baixo sem maiores questionamentos, a geração seguinte, a partir do final dos anos 60, incomodada pelo autoritarismo, ao assumir o lugar dos pais agiu no extremo oposto, optando por mais permissividade.
Ao optar por mais permissividade, confundiu-se a questão de autoritarismo e de limites. Assim, criou-se um grande problema, a falta de limites às crianças.
A falta de limites tem consequências negativas para a criança e seu desenvolvimento; afinal, a criança que não aceita regras, seja para jogar um jogo, para andar no ônibus, para se comportar na escola, terá dificuldades para conviver com os outros. A falta de limites e o desconhecimento dos valores éticos e morais para a formação da personalidade acarretou sérios problemas na sociedade que hoje vivemos.
Saber estabelecer limites é muito importante, pois as crianças faze alguns pedidos descabidos aos pais para testá-los, e os pais devem saber dizer não e impor os limites, pois as crianças, literalmente, pedem limites, pois por meio destes sentem-se amados, considerados, vistos e reconhecidos. Uma das maneiras que encontram para pedir limites é testando os pais.
É fundamental equilibrar os desejos dos filhos com aquilo que se pode permitir. Por exemplo: “Não se pode deixar uma criança escolher se quer ou não estudar, ou se quer ou não fazer a lição de casa, mas ela pode escolher o esporte que vai praticar. Isso é dar atenção para a necessidade do acompanhamento do crescimento dos filhos de perto, e fazê-los entender que cada escolha tem uma hora certa”.
Uma das formas mais benéficas de dosar a liberdade dada aos filhos é atender os pedidos da criança conforme ela for mostrando que é responsável e sabe se colocar bem nas situações. Assim, ela mesma vai se sentindo mais capacitada a enfrentar as dificuldades e criar soluções próprias para seus problemas.
Colocar limites não significa privar de liberdade. Quanto mais cedo os pais colocarem os limites de forma afetiva e com segurança de propósitos, menos problemas terão na puberdade e na adolescência, fase na qual as crianças se revoltam contra as imposições desmedidas e transgridem naquilo que é insuportável.
Está nascendo uma geração em que os pais querem compensar a ausência em casa dando tudo e sem dizendo não. As crianças estão crescendo sem vivenciar a frustração. Quando tem uma frustração, elas perdem o controle. Não tem mais o controle emocional para lidar com isso. A questão da tolerância está muito menor, levando com mais facilidade a agir com violência, provocando brigas ou assassinatos.
Na semana passada, o projeto criado pelo senador Gim Argello (PTB-DF) foi aprovado no Senado. Nele, as escolas são obrigadas a adotar estratégias de prevenção e combate ao bullying e a violência nas escolas. “Punir não elimina o problema. A punição, como o próprio nome indica, apenas pune. E é prevenindo, transformando as nossas escolas, preparando os nossos professores e ensinando aos nossos jovens como lidar com o problema é que vamos, de fato, vencer essa guerra”, disse o senador no dia da aprovação.
O projeto precisa ainda ser aprovado pela Câmara. Para a lei "pegar", segundo especialistas, será preciso envolver a comunidade, escola, professores, pais e alunos. "É preciso ter uma preparação de profissionais, medidas preventivas para a violência, assessorar as vítimas e transformar os espectadores em aliados da comunidade".As medidas devem ser feitas por cada escola de acordo com a realidade de cada uma.
Refletindo sobre os inúmeros estudos dos casos que ocorrem hoje, sabemos da importância de SABER DIZER NÃO E IMPOR LIMITES aos filhos, desde a infância.
Especialistas dizem que a geração de hoje, que recebe tudo, não sabe lidar com as frustrações no dia-a-dia, por isso a intolerância é baixa e por tal motivo é que hoje ocorrem muitos casos de brigas e mortes em ambientes escolares, e até mesmo fora desses ambientes, pois o jovem não foi acostumado a “TER LIMITES” e a ouvir “O NÃO” , em sua infância.
Saiba impor limites e a dizer não aos seus filhos, na infância. Evite problemas maiores na sua juventude! Isso é educação!
Depois de uma geração que tudo permitia aos filhos, agora educar é saber impor limites e dizer não!
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