sexta-feira, 2 de março de 2012

"TRABALHAR JUNTOS PELO BEM DO ALUNO!"

Quando as notas são altas e tudo vai bem, ninguém pensa em discutir a relação. Se o boletim e o comportamento deixam a desejar, começa o jogo de empurra. Professores culpam a família "desestruturada", que não impõe limites nem se interessa pela Educação. Os pais, por sua vez, acusam a escola de negligente, quando não tacham o próprio filho de irresponsável. Nessa briga nada saudável , a única vítima é o aluno.

Escola e família têm os mesmos objetivos: fazer a criança se desenvolver em todos os aspectos e ter sucesso na aprendizagem. As instituições que conseguiram transformar os pais ou responsáveis em parceiros diminuíram os índices de evasão e de violência e melhoraram o rendimento das turmas de forma significativa.

Pesquisa realizada pelo instituto La Fabricca do Brasil, em conjunto com o Ministério da Educação, mostrou que há um desejo explícito por mais intimidade: 77,2% dos pais acham que um bom relacionamento entre as duas partes é raro, mas 43,7% gostariam que a escola promovesse mais reuniões, palestras e encontros para eles. Já 77,2% dos professores de instituições públicas consideram insatisfatória a participação dos familiares, mas 99,5% crêem ser de extrema importância um contato mais estreito.

Ninguém quer exigir que em casa sejam ensinados conteúdos de Matemática ou Ciências. Mas cabe aos pais verificar se a lição foi feita e elogiar quando o menino ou a menina calcula certo o troco do sorveteiro. O professor também não deve se sentir como o único responsável pela formação de valores. Porém, é fundamental considerar os que são trazidos de casa pelos estudantes e contribuir para fortalecer princípios éticos. "O segredo de uma boa relação é saber ouvir, respeitar as culturas e trabalhar junto", afirma Heloisa Szymanski, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Paola Gentile
Revista Nova Escola

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