Mais do que entreter as crianças, a função do brinquedo e do brincar é fazer com que o pequeno projete no objeto aspectos positivos e negativos da vida, além de trabalhar o amadurecimento psico-motor, a sociabilização e a definição de normas e limites.
As prateleiras das lojas de brinquedos fazem brilhar os olhos da garotada de todas as faixas etárias. A variedade de opções oferecidas é tão grande que, muitas vezes, pode deixar os pais em dúvida. Mas, muito mais do que ser um instrumento de entretenimento para os pequenos, o brinquedo tem a função de ajudar no desenvolvimento infantil em diversos aspectos. De acordo com a psicóloga, terapeuta infantil e diretora da Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo, Lourdes Brunini, o brinquedo tem importância fundamental na vida da criança, principalmente entre 1 e 13 anos. "Ao brincar com bonecos como super-heróis, por exemplo, a criança está projetando no brinquedo aspectos positivos como a coragem, a solidariedade, a necessidade de se fazer o bem ao próximo", explica a psicóloga.
O amadurecimento psico-motor também é trabalhado nas brincadeiras consideradas tradicionais, como pular corda e amarelinha e subir no trepa-trepa. "O pular corda estimula o ritmo, a rapidez, a flexibilidade, o equilíbrio e a agilidade. Já a amarelinha e o subir no trepa-trepa faz com que a criança adquira o domínio das pernas e o equilíbrio", afirma ela. Os jogos, em geral, tanto de quadra, quanto de tabuleiro, também são indicados. "Ensinam a respeitar o adversário, a lidar com ganhos e perdas, com normas, liderança e a se sociabilizar", ressalta Lourdes. O arco-e-flecha pode estimular a pontaria e o domínio do olhar.
O amadurecimento psico-motor também é trabalhado nas brincadeiras consideradas tradicionais, como pular corda e amarelinha e subir no trepa-trepa. "O pular corda estimula o ritmo, a rapidez, a flexibilidade, o equilíbrio e a agilidade. Já a amarelinha e o subir no trepa-trepa faz com que a criança adquira o domínio das pernas e o equilíbrio", afirma ela. Os jogos, em geral, tanto de quadra, quanto de tabuleiro, também são indicados. "Ensinam a respeitar o adversário, a lidar com ganhos e perdas, com normas, liderança e a se sociabilizar", ressalta Lourdes. O arco-e-flecha pode estimular a pontaria e o domínio do olhar.
Brinquedos que inspiram cuidados
Os jogos de videogame e computador são benéficos, de acordo com a psicóloga, desde que não tomem grande parte do dia do pequeno. "A criança pode passar uma hora por dia, no computador ou videogame, e ainda se beneficiar desse tipo de brincadeira, desenvolvendo a habilidade manual e agilidade com as mãos.
Passar mais tempo do que isso em frente às máquinas é exagero. Brincar significa estabelecer relação com o outro. A criança que passa o tempo todo em frente à máquina não desenvolve relacionamentos". A psicóloga alerta, ainda, para os jogos eletrônicos com alto teor de violência. "O fato de fazer o "papel" de vilão no jogo, do personagem que mata os outros indiscriminadamente e sem punição pode confundir a criança e deixá-la sem limites de certo e errado". As crianças menores de oito anos devem ser preservadas de alguns brinquedos que inspirem medo e insegurança, como máscaras de monstros. "Nessa idade a criança ainda se impressiona muito e pode desenvolver uma insegurança desnecessária". O importante é que o brinquedo tem papel primordial no desenvolvimento infantil, até mesmo para as crianças que brincam sozinhas. "A menina que brinca com as bonecas, mesmo sozinha, desenvolve uma vivência real com o brinquedo. Ela exercita o convívio, que a prepara para a interação social", finaliza.
Os bebês também precisam brincar
A partir dos primeiros meses de vida, a criança começa a explorar o mundo que a cerca, principalmente por meio dos brinquedos. As sensações precisam ser estimuladas, daí a importância de brinquedos bem coloridos, com sons ou que possam ser levados à boca, como os mordedores. "Nesta fase da vida, a criança precisa usar os sentidos - tocar, sentir, ouvir. Os móbiles que podem ser instalados nos carrinhos são bem interessantes, porque podem ser tocados pelos bebês", explica a psicóloga e psicopedagoga, Ana Cássia Maturano. Por volta dos seis meses, quando a criança já começa a sentar e engatinhar, os pais devem oferecer brinquedos que despertem o interesse dos pequenos e que eles possam pegar. "Os pais não devem dar o brinquedo na mão da criança, mas sim estimular o interesse e incentivá-lo a ir buscar", diz Maria Rocha, psicopedagoga e coordenadora da escola de educação infantil Ápice.
De acordo com Ana Cássia, a criança tem grande possibilidade de criação e, muitas vezes, transforma coisas inusitadas em brinquedos. "Acontece de a criança pequena ganhar um presente e se interessar muito mais pelo papel do embrulho do que pelo conteúdo. Isso se dá porque o pequeno consegue criar. Com o papel ele pode fazer barulho, rasgar, dobrar, amassar, descobrir novas formas. O brincar é a forma de expressão da criança".
Depois de um ano e dois meses, em média, a criança começa a imitar as atitudes dos adultos, por meio das brincadeiras, com base nas referências que possuem. "É neste período que a menina imita a mamãe dando banho no bebê, brinca de casinha e começa a fazer associações com a realidade", lembra Maria Rocha.
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