A primeira biblioteca do mundo foi erguida em Nínive, a cidade mais importante da Assíria (atual Iraque), pelo rei Assurbanipal II, por volta do século 7 a.C. Nela, foram armazenadas milhares de tabuletas escritas com caracteres cuneiformes, a mais antiga forma de escrita que se conhece.
Os assírios eram principalmente guerreiros, mas davam muita importância à preservação de arquivos, relatórios e documentos. Estes, por sua vez, eram gravados em placas de barro, pois o papel somente iria surgir muito mais tarde.
O sítio arqueológico de Khinnis, no norte do Iraque, que abriga os monumentos mais importantes da antiga civilização assíria, requer imediata proteção, afirmam especialistas.
O lugar foi aberto sem restrições ao turismo e está sofrendo estragos.
Existe um projeto especial da Sociedade Acadêmica Assíria, dos Estados Unidos, com membros em todo o mundo para preservar o sítio arqueológico, também conhecido como Bavian, que tem quase 2.700 anos de antiguidade e fica a nordeste da antiga cidade de Nínive, agora chamada Mosul, na margem oriental do rio Tigre.
O atual sítio arqueológico, num enorme relevo feito sobre a rocha do rei Sennacherib domina o rio Gomel. Nas laterais estão gravados numerosos símbolos antigos e inscrições cuneiformes que descrevem a vida cotidiana dos assírios e seu estreito vínculo com a água.
“Os relevos têm um grande valor cultural e histórico, que testemunha como os assírios se relacionavam com Deus e com a natureza, e nos ilustra a relação que tinham com a humanidade e a água”.
Antes da guerra, o Iraque era um dos países onde mais se protegia e conservava as antiguidades em todo o mundo. Até agora, o norte havia permanecido a salvo de saqueadores, em comparação aos sítios localizados no sul que foram bastante castigados, especialmente depois da invasão do Iraque.
A conservação destes locais no Iraque está a cargo da Junta Estatal de Antiguidades e Patrimônio, que deve ter sido consultada sobre as atividades em Khinnis.
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